- 0
a quatro mãos
Em até 4 de 8.98 s/juros
Fora de estoqueDescrição Saiba mais informações
Dois jovens poetas, ambos nascidos no Rio de Janeiro, mas vivendo em cidades distantes, encontram na escrita conjunta de poemas uma forma de vencer o abismo entre eles. Mas o que pode a poesia diante do abismo em que um amigo desaba para dentro de si? Na trama poética de a quatro mãos, de Roy David Frankel e Yasmin Nigri, cada palavra pode ser um passo em falso, mas é uma tentativa de resgate.
São quatro mãos, sim, mas na superfície dos poemas é sempre muito sutil o jogo entre as duas vozes: “eu brincando de você/ você brincando de mim”. Apenas uma ou outra palavra denuncia o gênero, então sabemos que a voz vem de um ou de outra, de Berlim ou de Haifa, da sombra ou da luz. Se “a doença”, alguém diz, “arrasta pelos rumos errados”, vem a “palavra amiga” de longe, mas sempre por perto, dizer: “troca essa lente, percebe?/ você é mais do que essa imagem baça/ mais do que esses contornos disformes/ rugido impenetrável da ausência/ em que se misturam figura e fundo”.
Há um desejo compartilhado de reconstrução, um empenho para escapar do lado mais sombrio dos dias: “o que eu queria/ na minha cabeça/ era outra cabeça”. E o que se afirma nesse gesto de escrever junto (em direção ao outro, em busca do outro), em que escrita e escuta se abraçam, é que apenas com o outro, multiplicando nossas mãos e nossa voz, podemos “recozer o barro, refazer a peça/ um dia chamada coração”.
Páginas | 40 |
---|---|
Data de publicação | 01/10/2025 |
Formato | 20 x 13.5 x 1 |
Largura | 13.5 |
Comprimento | 20 |
Tipo | pbook |
Número da edição | 1 |
Classificações BISAC | POE000000 |
Classificações THEMA | DC |
Idioma | por |
Peso | 0.081 |
Lombada | 1 |